Os mais belos vilarejos da França

Imagine um pequeno vilarejo de ruas estreitas, flores nas janelas, tudo bem cuidado, um charme só. Muito provavelmente haverá uma placa na estrada onde estará escrito Les Pus Beaux Villages de France (Os mais belos vilarejos da França). Mas o que é esta classificação e como surgiu?

Trata-se de uma associação criada em 1981 por Charles Ceyrac, então maire (algo como presidente da Câmara Municipal ou vereador) do vilarejo de Collonges-la-Rouge.

Ele teve a ideia a partir do livro Seleção do Reader’s Digest sobre o assunto. 

A Associação, oficializada em 6 de março de 1982, engloba 172 vilarejos (dados de maio/2023). Sua missão é valorizar e preservar o patrimônio local, favorecendo o turismo e o desenvolvimento econômico dos vilarejos, evitando o êxodo rural. 

Para fazer parte da Associação e receber o título de “Os mais belos vilarejos da França” é preciso que o vilarejo tenha aproximadamente dois mil habitantes, pelo menos dois sítios ou monumentos protegidos e comprovar uma adesão coletiva ao projeto de pedido de classificação, com uma deliberação do Conselho municipal.

 O vilarejo estabelece um dossiê de candidatura composto por diversos documentos que serão analisados pela Associação. Segue-se a isto uma visita de um Comitê de experts, onde serão analisados 27 critérios que permitirão medir a importância da valorização do patrimônio do vilarejo, sua qualidade arquitetônica, urbanística e ambiental e as ações a serem tomadas pelo município para valorizar seu território.

Trata-se de um processo detalhado, que envolve diversas pessoas do vilarejo e termina com um relatório técnico fotográfico.

A Associação é composta por três comissões, Comissão de Notoriedade, Comissão de Qualidade e Comissão de Desenvolvimento, que se reúnem de uma a duas vezes por ano.

No site da Associação (clique aqui) é possível pesquisar os vilarejos no mapa ou pelo nome. Há, ainda, uma loja online, com a opção de se planejar a estadia, escolhendo o tipo de hospedagem, o vilarejo (separado por regiões), o período e o número de viajantes. Nunca usei o serviço, mas achei bem interessante.


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Marilucia Chamarelli

Bibliotecária e tradutora de francês aposentada. Amante de viagens.

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